Alegoria da Caverna
O que é o mito
O Mito da
Caverna, também conhecido como “Alegoria da Caverna” é uma passagem do livro “A
República” do filósofo grego Platão. É mais uma alegoria do que propriamente um
mito. É considerada uma das mais importantes alegorias da história da
Filosofia. Através desta metáfora é possível conhecer uma importante teoria
platônica: como, através do conhecimento, é possível captar a existência do
mundo sensível (conhecido através dos sentidos) e do mundo inteligível
(conhecido somente através da razão).
O Mito da Caverna
O que Platão quis dizer com o
mito
Maurício de Sousa e a Alegoria da Caverna
Atividade: 1- CRIAÇÃO DE HQ
Em grupo de no máximo 3, apresentar uma história em
quadrinhos representando a Alegoria da Caverna, com um novo e surpreendente
final. Deve conter toda a estrutura dos quadrinhos:
REQUADRO
As HQs são conhecidas exatamente por esta marcante
característica básica: este conjunto de linhas que delimitam o espaço de cada
cena e constituem o quadrinho, esta moldura mais conhecida como requadro entre
os profissionais da área.
Em algumas histórias, tais linhas podem ganhar formatos
diferentes, chegam a ser circulares, trêmulas… Um formato mais anguloso ajuda
na narrativa visual e deixa a leitura mais dinâmica, por exemplo. Até existem
casos nas quais as linhas são existem efetivamente, o autor deixa ao leitor a
tarefa de imaginá-las. É uma opção estética para a obra, implica em outros
questionamentos, mas como estou a tratar do básico, então fiquemos com o
requadro.
Exemplo:
CALHA
Exemplo:
BALÃO E RECORDATÓRIO
Tão amplamente conhecido como o requadro são os balões,
esta figura que simboliza o ato da fala dos personagens, abrigando o texto da
conversa. Os balões também podem ser desenhado de forma diferente, acumulando funções
na HQ: linhas mais quadradas podem significa voz eletrônica, mais rabiscadas
indicam de grito ou voz alta, aquelas que lembram nuvenzinhas constituem balões
de pensamento e por aí vai…
Exemplo:
Tipos de Balão -
Já o recordatório é um painel sem rabicho, usado
normalmente pelo narrador para tratar de algo não visível no quadrinho. Em
algumas histórias também é usado para apresentar pensamentos dos personagens
(se o balão “nuvenzinha” representar uma quebra na harmonia da arte, por
exemplo, como em HQs mais adultas).
Um parênteses: O uso de representação da fala é tão
marcante para os quadrinhos que sua utilização pelo cartunista norte-americano
Richard Outcault na série At the Circus in Hogan’s Alley, criada em 1895, é
considedo como marco da criação dos quadrinhos. Embora não usasse balões, o
personagem principal, Yellow Kid, o Garoto Amarelo, apresentava suas falas por
meio de texto inserido em sua vestimenta. Claro que representação de histórias
por meio de desenhos existem desde o tempo das cavernas – e mesmo aqui no
Brasil tivemos um dos precursores das HQs, o italiano Angelo Agostini, que
lançou seu Nhô Quim em 1869 na imprensa nacional – mas isso é conversa pra
outra hora…
Exemplo:
ONOMATOPEIA
Assim como o balão indica o som da fala, a onomatopeia é
uma representação de um som ambiente, que for importante para o desenrolar da
história.
Exemplo:
NARRATIVA VISUAL
Você, como leitor de quadrinhos, usufrui disso, talvez sem saber. Há certas regras a serem seguidos na escrita, certo? Para que o processo de leitura de uma HQ aconteça naturalmente, também existem padrões a seguir na construção da narrativa visual, ou seja a que é possibilitada por meio do desenho.
É básico, por exemplo: nós ocidentais escrevemos da esquerda para a direita, de cima para baixo. A diagramação dos quadrinhos e da arte nele contidos devem levar isso em conta, do contrário dá um nó na cabeça do leitor, que não sabe bem a ordem de “leitura” tanto do texto quanto das imagens. Em geral as pessoas sabem posicionar bem os quadrinhos, mas se esquecem do conteúdo de cada um. Por exemplo, se há dois personagens em cena. Em geral, quem fala primeiro deve ficar mais à esquerda, assim como seu balão. Se duas pessoas estão conversando, tente posicioná-las como seria na vida real, é só observar: elas procuram se olhar na maior parte do tempo. E se alguém aponta pra uma direção, a outra pessoa da cena acaba por olhar pra lá e não mais pro interlocutor. E por aí vai.
DESENHO/ IMAGEM
É a desculpa clássica pra alguém se recusar a tentar fazer
uma história em quadrinhos: “Não sei desenhar”. O que, em geral, não é bem
verdade: estamos acostumados a rabiscar desde a infância embora a maioria pare
de evoluir seu desenho depois de alguns anos. Mas ainda assim sabem tentar
reproduzir o que vêem ou imaginam graficamente, nem que seja por esquemas e
“homens palitinho”. Volta e meia, quando alguém não consegue se expressar com
palavras pedem: “Desenha aí!”, não é verdade? Sem contar, que é possível
produzir quadrinhos usando fotos ao invés de desenhos, ou mesmo colagens…
Claro que, se o objetivo é uma qualidade
profissional, você terá que treinar
bastante, seja sozinho ou por meio de cursos específicos de quadrinhos. Mas
aqui estou me atendo ao básico, a existência do desenho/imagem é fundamental,
mas a sua qualidade estética é discutível (não é por que o desenho não parece
uma foto que a HQ é ruim.
Veja o escritor Luís Fernando Veríssimo e sua genial
tira das Cobras:
PARA SABER MAIS:
Luis Fernando Verissimo
desenhou As Cobras durante quase trinta anos, para vários jornais. Em 1997, ao completar 60 anos, o escritor concluiu que “não ficava bem um sexagenário desenhando cobrinhas” e as aposentou.
São personagens criados no início dos anos 70, quando Veríssimo escrevia diariamente para o jornal Folha da Manhã, de Porto Alegre. A idéia era “um desenho rápido, que não desse muito trabalho e substituísse o texto da minha coluna, nas edições de sábado”, explica o autor. “Por que cobras? Porque cobras é fácil de desenhar. Cobra é só pescoço e não tem mão.”
Três anos mais tarde, já cult na imprensa gaúcha, As Cobras apareceram pela primeira vez em livro junto com outros desenhos (As Cobras e outros Bichos, L&PM, 1977). Na introdução ao livro, Verissimo afirma que já desenhava antes de escrever, mas faz uma avaliação bem-humorada de seus dotes artísticos:
“Tenho um problema curioso para um desenhista. Não sei desenhar. Isto não me impede de insistir com o desenho, apesar dos conselhos de amigos, das indiretas da família e de telefonemas ameaçadores. Insisto, em primeiro lugar, por conveniência. Não digo que uma imagem valha mil palavras, mas umas 500 – o necessário para encher uma coluna de jornal – vale. Qualquer cronista diário daria a sua mão direita para poder desenhar em vez de escrever, de vez em quando, se fosse canhoto.”
Exagerado na auto-crítica, claro. As tiras das Cobras têm a concisão dos melhores humoristas e a linguagem certeira de um dos textos mais admirados do país.
Para maiores esclarecimentos:
Softwares disponíveis:
www.pixton.com/br/
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